hoje me alimento da minha poesia.
ela também me esvazia,
mas não me [im]põe um ponto final
25 de fev. de 2010
pára.e.brisa
bordas borradas,
luzes que giram um vermelho sangue, que não escorre.
pupílas que confusas, dilatam tudo aquilo que ele nunca quis ver.
ao fundo, o ensurdecedor silêncio.
as sirenes de urgências internas.
só ele as ouve.
e, no relar das palpebras...
é sugado.
no pescoço, a pressão da realidade quase o impede de levantar a cabeça, ver.
mas vái. só vái.
o ar que falta, volta.
o ar que prendia, agora solta.
ouvido entende.
as mãos nortedas, agora sabem o que querem tocar.
as hastes dos teus olhos, levam consigo tudo o que lhe cegava.
espelho.
e, noutro relar das pálpebras...
tudo volta, fica, é, está normal.
sirenes, luzes, cores.
sua urgência.
resgatado à tempo, por ele,
o tempo.
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