27 de ago. de 2013

É tarde.






E aquela companhia muda. Com frio na barriga. O pouso milimétrico das mãos, garantem que... Um esbarrão sequer, e o toque acontece. E a risada solta. As roupas amassadas, pela cumplicidade do que são: Verdade. E o sono de caras amassadas... O travesseiro, que mesmo não pertencendo... Já emoldura um rosto já cativo. Os fios daquele cabelo, que fazem apenas um intercâmbio. Dela, pra ele. E os olhos que se procuram... Se encontram e se evitam. E se ela perceber? E se ela perceber, que eu a conheço como as duas palmas das minhas mãos? E se ela souber... Que a cada suspiro, eu sei exatamente o que ela quer. Se ele descobre, que torço pro filme não agradar... Pra ele, aos poucos, adormecer... Ah se ele soubesse, o quanto é gostoso ouvir aquela respiração funda, de um sono despretensioso. Se ele descobre, que toda cicatriz, todo detalhe, todo risco... Cada centímetrozinho do seu corpo, eu já xeroquei com os meus olhos... Pra guardar. E que, por mais silenciosa que seja essa tarde... Ela grita, que eu vou ser sua... E ele vai pra sempre me amar.
Se eles soubessem, que prazo de validade, pra tudo existe...
"Ah eu parava o relógio, pra não levantar."
"Eu te abraçava mais forte... Presse tempo não passar."
Ah... Se a gente soubesse.

12 de ago. de 2013

Tanto




Na minha humilde opinião, esse clarão nada mais é, senão EXCESSO. 
Excesso de peso. De vida. De saco. De gente. De sentimentos, pedras e sapos a engolir. 
Esse clarão na mente, que me tira dos dedos as palavras tão soltas... Nada mais é, senão a vontade de foco. Quando tudo acontece, em todos os sentidos, falta-me foco pra de fato... Sentir. 
Esse clarão, que me engasga pra dentro... Essa asma que não me deixa expirar, o que nem sei se sinto. Nem minto: O clarão de dentro, escurece aqui fora. 
Sobra tanto aqui dentro... Que não sei nem pôr pra fora.