28 de nov. de 2009

acordar III


dessa vez, não era bom.
não era sonho.
e ele estava acordado.


'ah, noite... sem sonho.'

ele só queria esquecer,
queria não ter visto acontecer,

ele só... não conseguia.


aquelas cenas, aquelas segundos... passados, pesados.
destroem, noites e,
sonhos.
'ah, noite! sem mais sonhos... ok?'

24 de nov. de 2009

acordar II




dessa vez ele acorda, sem se lembrar.
passa pelo dia, como todos os dias.
café, cigarro, alguns bons dias sem qualquer sinceridade.

não será 'bom-dia', enquanto as nuvens encobrirem o sol.
deixando a ele, aquela maldita sensação de luz fria.
e ah! como ele odeia luz fria.

vê alguns amigos, acende alguns cigarros, dirije pelas ruas da sua rotina diária.
e vê, da coxia... o espetáculo do seu dia, ascender.
sem muitos aplausos.

a volta pra casa, pelas ruas solitárias.
de alguma forma inconsciênte, ele se identifica com elas.

mais café, cigarros, filmes repetidos...
algumas risadas ensaiadas, quase saem.

o café, provavelmente não o deixará dormir.

e, como um flash, que vem e deixa tudo muito claro...
como piscar de olhos, que não avisa quando, nem como... ele se lembra!

pasmo, parado... ele não se conforma.
COMO PODE TER ESQUECIDO, DURANTE TODO O DIA? COMO NÃO APROVEITOU ESSES PEQUENOS FLASHES DE LEMBRANÇAS QUE LHE RESTAVAM?
TALVEZ O DIA TIVESSE SIDO MAIS COLORIDO...

ele, que por dias e mais dias tentou, sem sucesso, voltar praquêle sonho...
na madrugada passada, tinha sonhado.
dessa vez diferente, colorido, noturno.
dessa vez, pouco foi falado.
mas tudo... foi tudo sentido.

será possível que ela tenha sonhado o mesmo?
ele, só precisa fechar os olhos...
pra sentir novamente aquele alívio, de olhar pro lado... e mesmo que em sonho vê-la.
ele só precisa fechar os olhos, pra sentir aquele toque... aquele abraço...
pra ver aquele sorriso...
ele, agora quas ouviu aquela voz.

será possível que ela também tenha sonhado?
hoje, ele nem conseguiria negar a falta.
nem conseguiria esconder aquele sorriso, ao pensar naquele sorriso.

nem conseguiria... esconder a vontade de tê-la novamente.
de vê-la novamente.

e hoje, diferente dos outros dias...
em sonho, pra ele, não seria o bastante.

3 de nov. de 2009

flerte.ando



no macio do teu saldo, ação quente.
quase calado, fico mudo, envergonhado... congelo.
espero o rubor das maçãs abaixo das janelas,

olho, e vejo as tuas.
só elas...

não maduras, não puras,
verdes. [nuas.] cruas.

do olho que me mediu,
da fruta que não caiu,
da palavra que não cintilou;
vêm, quéto e manso, o encanto.
que mesmo assim... surgiu.
e ficou.