hoje me alimento da minha poesia.
ela também me esvazia,
mas não me [im]põe um ponto final
25 de set. de 2010
pout-porri
'e eu fico aqui, sem caber de imaginar.'
pego pedaços, pego migalhas,
tento juntar.
nem que eu pegasse,
o melhor trecho
dos melhores poetas,
'poetas pra quê?'
nem que eu recortasse
as melhores notas,
das nossas melhores músicas...
nem...
'nem pude evitar, tirou meu ar.'
quedê meu chão?
e nessa nossa 'selva,
de concreto'
temos o meu suspiro,
o seu sorriso,
e a nossa vontade.
'menino bonito',
me 'traz o alívio'
da nossa verdade.
12 de set. de 2010
d[o]eu.
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não.
caio fernando abreu.
eaí, você se vê parado num tempo já distante.
vê sua imagem como foto descartada, desgastada...
vê que teclou tanto, errou tanto, tentou tanto...
está exausto.
mas, o que você faz pra mudar tudo isso?
basta um sorriso torto, para que você alcance suas tintas,
e mais uma vez entrelace nos dedos a esperança sem cor,
que ela não cansa de plantar em você.
ou é você que não cansa de regá-la?
coisa certa;
você não precisa mais disso.
você não deu a ela a certeza que precisava,
ponto.
não sonhe com as vírgulas e reticencias, que ela pra sempre vai insistir em borrifar no seu ar.
você pode. consegue.
basta que jogue em si, esse balde de água fria,
basta que se seque, que se de conta...
que abra os olhos...
já passou da hora, meu jovem.
o mundo não parou, e você... por causa dela,
já se atrasou
8 de set. de 2010
dozéro.
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