hoje me alimento da minha poesia.
ela também me esvazia,
mas não me [im]põe um ponto final
30 de ago. de 2011
in evitável
Aí, ele se importa. Esquenta o chá, sempre 32 segundos... Porque sabe que ela vai perceber os 2 segundos faltantes... Ele vai ao mercado, escolhe só produtos de limpeza que agradem o alfato aguçado dela. Escolhe os filmes que sabe, tem certeza que ela vai gostar... E fica sempre na tensão, prestando a máxima atenção, pra saber se acertou.
Ele, acorda antes, abre as janelas, pra entrar o arzinho da manhã... Que ela sempre vai gostar. Ele, que não esquece da farmácia, tem sempre um gelo à mão... Porque ela vai insistir em se machucar.
Ele, que não precisa acordar as 5... Mas coloca o despertador às 4:59... Só pra ter certeza, que ela não vai perder a hora, mais uma vez. Ele que, nos fins de semana, faz planos, almoços, jantares, cafés, Tentando sempre... Sempre acertar.
Ela. Que reclama que o chá está sem açúcar. Não liga pros cheiros novos... Não presta mais atenção nos filmes... Reclama da claridade, pela manhã. Às vezes, finge que está dormindo, pra não ter que conversar... Ela, que quer o seu espaço. Ele, que contruiria até um castelo, pra ela ficar. Ela, que alheia... Não viu que o tempo passou. Ele, sentiu na pele. Se cansou.
E ela, um dia acordou...
Quando ele, da vida dela, se mudou.
29 de ago. de 2011
Ele
Ele, que um dia, numa tarde como essa... Sentou comigo, encheu meu copo... E me contou a vida toda. Me beijou a mão, e lá... Juramos amizade. Nunca deixaríamos as peripécias e erratas, acabar com aquela sintonia. Sintonia, senhores... Não tem preço. Ele, que compartilhou comigo, o que sentia. Ria do que eu dizia, das manchas de shoyo na minha camiseta sempre branca... 'Eu venho de camiseta preta, toda quinta! Sei que a gente vai acabar no sushi mesmo.' Ele. Da mão pequena. Da risada tão escandalosa. Ele! Que ouvia o que eu ouvia... Que me mandava o que escrevia. Que aparecia, lá no Erimar. 'Ah, senta aqui comigo, Nego...' Me lembro de falar. Ele... Que não era santo. Que errou, que amou, que cantou, que tocou... Que deixou saudade. Uma saudade doída. Uma vontade de falar de você. De contar pro mundo, que eu te conheci. De contar pro mundo, das manias que eu não só eu, sei de cor. De contar, das pessoas que você conquistou. Das histórias que você me contou. Do perfume, que você nunca mudou. Do tênis, que você nunca sujou... Da chapada, no feriado. No colchão de ar, que você inflou, e não dormiu... Da soneca no banco, á beira do rio, que você tirou... Hoje eu acordei querendo gritar pro mundo! Ler de novo os textos, que você me mandou... Os comentários, que aqui, pra sempre, você gravou... Hoje eu quero contar pro mundo! Houve um tempo, que esse Nego... Me coração roubou. Mas de tudo... De tudo... O que ficou, é o agradecimento: Esse Nego, da minha vida participou, luta e superação, ele ensinou. A minha pele, marcou. E uma saudade INFINITA... O Frino deixou.
15 de ago. de 2011
E eu digo:
E quando tudo caminhava, lenta e perfeitamente,
E quando, eu que pensava ter visto o fim da guerra,
Fim à mente, tenho paz.
E, quando todas as setas me indicavam e impunham a direção contrária,
Com mil cavalos à pau,
Meia volta, corro pra ver!
E quando o inverno,
Já tinha quase congelado,
O quente de uma história infinda,
Me vem, reencontro sublime!
Quando todos os padrões vêm por terra,
Armas abaixo, me liberto de entender.
Sento-me para assistir o nascer desse Sol,
Que hoje sei: nunca vai terminar.
Eu como Oriente, você Ocidente.
O Sol está sempre nascendo pra um de nós dois.
E com as certezas que nunca tive,
Estufo meu peito e te digo:
Tô contigo, e não abro.
Se o Sol, por um acaso, se pôr aí...
Eu corro e te aviso!
Te empresto o meu nascer do Sol, se for preciso.
E nesse embalo que ninguém entende,
Não ligo e te digo, meu antes de tudo, Amigo;
It's All Right!
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