hoje me alimento da minha poesia.
ela também me esvazia,
mas não me [im]põe um ponto final
27 de nov. de 2008
fim de noite.
antes que meu sol te esqueça.
antes que teu dia anoiteça,
e que o supostamente evitável, aconteça.
antes que eu te perca, nos mares, tempestades e furacões.
antes que você suma, se esconda, me assuste.
que se torne passado, se embrenhe em labiritintos,
de um coração ofegante, cansado.
antes que você me canse, antes que eu me canse.
que eu decida, que me jogue, me lance. bem alto e sozinha.
antes que eu acorde. solte falsas correntes e laços.
antes que eu mude, não mais te escute.
antes que termine o dia, só por aparecer... apareça.
não que você mereça, mas mesmo que eu não queira,
é você, só você na minha cabeça.
-calabocasaudadecalabocacoração.-
25 de nov. de 2008
fim de tarde.
a tua viagem, secreta mensagem, que vem lá de longe.
a tua imagem, pra mim é miragem, queima e se esconde.
a tua saudade, meu medo? bobagem!
teu dia, noite fria... e nada mais.
meu papo aberto, escondido, incerto, que cansei de ouvir.
saudade nao morta, olhos na janela, ouvidos na porta, que cansei de abrir.
meu tempo, tão cedo.
teu tempo, tão tarde.
mas se arde, esperança! coragem, covarde!
levanta-te e olha, com a cabeça erguida,
o teu destino, tua vida, pelas tuas costas passar.
abre teu olho, e foge da verdade. nega a saudade, esconde muito mais que a idade, e a falsa ideoloia e falsa escolaridade.
orgulha-te das tuas próprias desfeitas, jamaisfeitas e malfeitas também!
joga no papel só aquilo, que por ventura, lhe convém.
esquece o passado, só vive o presente... que o futuro, já vem.
escuta o senhorío, e sempre... sempre diz amém.
para, e se olha no espelho, até hoje... o que você tem?
será, que por um acaso da vida, você é capaz de ir além?
será que você sabe, por que vem?
mergulhe de cabeça, me prove, me envolve.
me mereça, estude...
deixe, que o final e naturalmente aconteça.
acredite, permita.
me pega pela mão, e quando necessário...
me convença. me cura qualquer doença.
faça questão da minha presença.
por que você nao simplesmente,
deixa que o teu sentimento,
transpareça...
antes que meu sol te esqueça...
antes que o teu dia, anoiteça.
19 de nov. de 2008
teu gôsto, que eu gósto.
3 de nov. de 2008
brisa da madrugada.
longe de um mundo que criei ideal,
perto, ao lado, do certo, do peito aberto.
dum mundo concreto...
um agora sem volta
uma árvore que queima
uma luz que apaga
um sorriso que não cala.
perto de uma nuvem que voa longe
um mar de sentimentos e vontades
aquelas tardes...
sublimadas às felicidades.
intensidades, e o extinto complexo de inferioridade.
longe dos lamentos, dos tormentos,
das inseguranças mais bobas,
dos medos infundados.
perto do ao lado.
perto do de dentro.
perto do colado, selado, amado.
perto do retorno.
transtorno, adorno de emoções.
dentro de frio,
calafrio,
do suspiro,
do meu tiro...
do meu salto mortal.
longe, do ausente,
de um passado, que falta que sente.
longe da falta, longe do fim.
perto do pra mim,
à mim, por mim.
perto e com saudade,
perto e com vontade,
perto e ao lado,
perto e
você.
perto do que se vê,
você vê, você sente,
eu que sei.
eu que sinto,
não minto, também.
longen de um mundo que idealizei,
que abandonei, aboli, esquecí.
que viví.
hoje eu ví, te sentí,
percebí.
flutuei por aí.
pelas luzes,
ventos, caminhos, trajetos e ruas solitárias.
sublimando a felicidade,
na nossa cidade,
sintonia.
sorrindo então,
boa noite então.
por favor, cala a boca coração.
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