21 de dez. de 2009

saco cheio.


então abre as pçortas da esperança, e da vontade de fazer só o que bem entender.
zomba do mundo, do fundo,
do fim... de tudo.

gargalha na cara da liberdade,
que há tempos, já não arde.

veste a camisa azul anil dos libertinos, assassinos, injustiçados e préjulgados,
e dos que tem curta, a linha do pavil.

erra, e erra de novo.
não se preocupa e, deixa o inocente levar a culpa.

vai pro culto e atrapalha.
faz mil gestos, pede a fala...
grita com o templo, e com o padre safado:

'vocês tão rindo? tudo puta e viado!'

faz de preto, quando querem branco.
leva a cadeira, quando querem o banco.


denuncia, judia, acaricia dona Fativadía.
se assim, lhe agradar.

faça o que der na telha, o que gostar.
abre as portas da esperança,
esperando ganhar, só o que precisa.

mas de antemão, já avisa...
que de bugiganga, você não precisa!

6 de dez. de 2009

a.dor.mecer - (acordar IV)


e sentindo o frio que sempre faz ali dentro, ele vai dormir.
mudado. feito, refeito.

e, ainda no escuro... que sempre fez ali dentro,
ele hoje, adormece em paz.
aqueles sonhos, já não o afetam mais.

e hoje ele sabe, ele entende... o mais e o porquê.
hoje, ele estufa o peito...
e grita pro vento,
'meu bem, quem perdeu foi você'.

sem aguentar calado,
hoje, sem sorriso esboçado, forçado,

ele, quase consegue sorrir por inteiro,
escancara um sorriso faceiro,
pra quem de longe, quiser ver.

2 de dez. de 2009

b.hasta!


vê se não torra, vê se me erra,
e se liga que eu já me acertei.

vê se vai logo, leva tudo que é teu.
porque a minha paciência, eu já esgotei.

já cansei da ladainha, do mesmo blábláblá,
que de tanto ouvir, eu até já decorei.

vái, e leva as tuas amarras,
leva o as tuas armas...
todos as mil maneiras, que você encontra de me culpar.

eu não tenho vocação,
pra muro da lamentação,
eu não vou mais te escutar!

vai-te embora, vái pra longe.
eu tentei com toda força...
e o que eu fiz, foi me cansar.

vai-te embora, vái pra lá,
onde nem que eu queira,
eu consiga te encontrar.