então abre as pçortas da esperança, e da vontade de fazer só o que bem entender.
zomba do mundo, do fundo,
do fim... de tudo.
gargalha na cara da liberdade,
que há tempos, já não arde.
veste a camisa azul anil dos libertinos, assassinos, injustiçados e préjulgados,
e dos que tem curta, a linha do pavil.
erra, e erra de novo.
não se preocupa e, deixa o inocente levar a culpa.
vai pro culto e atrapalha.
faz mil gestos, pede a fala...
grita com o templo, e com o padre safado:
'vocês tão rindo? tudo puta e viado!'
faz de preto, quando querem branco.
leva a cadeira, quando querem o banco.
denuncia, judia, acaricia dona Fativadía.
se assim, lhe agradar.
faça o que der na telha, o que gostar.
abre as portas da esperança,
esperando ganhar, só o que precisa.
mas de antemão, já avisa...
que de bugiganga, você não precisa!
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