28 de abr. de 2010

inspira.

"Depois de ter você
Poetas para quê?
Os deuses, as dúvidas
Pra que amendoeiras pelas ruas?
Pra que servem as ruas?
Depois de ter você..."

Marisa Monte - Depois de Ter Você


.



mesmo torto, mal visto, nem visto.
poetas, deuses e dúvidas pra quê?
se, desse jeito torto, mal visto, nem dito...

e mesmo sem entendê,

é teu, meu pensamento...

pega e cuida.

leva com você!

21 de abr. de 2010

ad infinitum


pé por pé, andando na direção oposta a qualquer fator, que me lembrasse você...
um noventa graus me traz a visão, me tira o disfarce,
me dá agulhadas de satisfação.


deixo de lado a hipocrisia,
e de uma vez por todas as outras todas...

admito;

o prazer de receber a consciência,

a confirmação,
que o fator determinante do não acontecer de uma história,
acaba de determinar o não acontecer de outra.


e o ciclo vicioso de um mundo repetitivo acaba de me acenar,

com o sádico sorriso, ele me diz:

- ei, eu existo.

13 de abr. de 2010

sub.estima ex.pulsa



ah, desce!

me poupa, me erra.


só você não vê,
que eu já me acertei.
não acaba com o pouco respeito,
que eu ainda conservei.

ah, sai!

não fode, não ferra.

você tá fazendo tudo errado,

só não diga que eu não avisei.

7 de abr. de 2010

supremo.



e o poder,
aquele poder...
que não se concede a ninguém.

o poder, do suspiro,
do sorriso e do arrepio.

o poder do toque que tira,
que põe, onde ele bem entender.

o poder de fazer, desfazer,
de jogar janela à fora, qualquer tentativa...
de esquecer.

o poder de, depois de tempos reaparecer, sem muito escolher...
e tornar qualquer momento, certo.

o poder da palavra. de arrancar sorrisos,
de me pegar pela mão... e me fazer viajar.
seja de longe... seja de perto.

hoje não sei mais o que é certo,
mas só por hoje... meu peito,
antes fechado...
deixei entreaberto.

6 de abr. de 2010

quem.te.luz?


nós? tal qual gía.
no anoitecer de mais um dia...
teu sol não esquentou,
a luz (hoje fria), daminha mente...

toque de nuvem,
vem... me tirar do chão.

ao alcance de um dedo,
tua imagem que divido,
volta a embaçar minha visão.

hoje a saudade esfria,
a luz quente da lembrança.
(e aperta meu coração.)