21 de out. de 2009

ausência.



e a inquietação daquele quase
quase rasgam a sua pele.

ele que revira, na cama já vazia.
sente-se apertado, esmagado, esbofeteado,
pela verdade que jurava não acreditar.

mas agora é tão real.
tudo tão crua e dolorosamente real
a ponto dele quase sentir saudade
daquele quem sabe, que no fundo, sabia...
e era NÃO.

ele sentiu, uma quase saudade.
de quando o SIM, poderia quem sabe, ser.
mas no fundo ele sabia...
sabia que não.

ele revira, e volta.
sua mente volta.
prum passado que ele bate no peito,
e se diz esquecido... refeito.

hoje, em seu leito de vida,
ele finge não se lembrar de ter partido.
quando tudo que mais quer, é voltar.

ele revira, e solta,
um quase grito, uma quase verdade.
ele esconde, sua quase saudade.

e o vazio no peito? hoje, sua única verdade.

2 comentários:

Felipe Melo disse...

essas palavras são muito familiares...

sempre sublime, Djés!

Fred Matos disse...

Muito bom poema.