20 de mar. de 2012

Depois


Bato no peito, e digo que vivo do agora, do pra já... Mentira. Mentira, senhores!
Eu me apego, nos Depois, que a vida me impõe, e é assim. É assim que vai ser.
Traço os meus planos na minha linha do tempo, onde o começo, já é o futuro...
Nem tão distante assim, mas futuro.
A verdade, é que eu me estabaco de medo. Tenho medo desse branco que me dá, quando tá tudo bem...
O branco desse bloco, que é preenxido pelas palavras que nem sempre fazem sentido.
A verdade mesmo, é que eu morro de medo.
Abracei essa nossa causa. Por mim, e por você.
Como os naturalistas abraçam árvores grandes, antes do desmatamento.
A verdade, é que eu estou abraçada à essa nossa situação sem decisão, porquê na verdade...
Eu morro de medo.
Você me pega pela mão, e me leva tão pro alto, que agora tenho medo de altura.
Você me olha nos olhos, me enche com essa luz própria de astro rei, que agora tenho medo do escuro.
A verdade, é que eu sou cansada... E me congela o estômago, pensar em me cansar mais.
A verdade, é que eu não sei se aguento...
Ficar nessa, ou passar dessa.
A verdade, é que eu sinto cheiro de um futuro bom.
Mas, na verdade, eu não sei.
Não sei sair dessa zona de segurança, que eu mesmo criei, quando na verdade, eu não sei.
Me acostumei, quando o mais fácil era mandar tudo às tampas...
Fico aqui, paralisada, tentando achar um final, pra esse texto que confesso: Não lembro por que comecei.
Talvez eu procure um final feliz...
Mas na verdade mesmo, disso eu ainda não sei.

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