6 de out. de 2008

fiz poema.

nem feliz, nem triste...
poéta.
às vezes, um pouco proféta.
que boca maldita que tem
que olho bendito que vem
que fica... e vai.
não volta.

não fiz
nem triste, nem feliz
o poéta.
que sabe,é proféta
e é sempre mais.

que detém o dom da palavra
que quase fere, com fixos olhares,
meus mares, ressacas, saudades, egoísmos e erros.

o poéta, que com as mãos já falou.
toques de nuvens
que tiram do chão.

o poéta, que devasta
e arruma uma vida,
que bagunçada vida.
que organizada que fica.

que solitária, portanto.

o poéta, que de asas precisa
que amigo que foi.
que amigo que é?

um poéta, que me rendeu suspiros
nos papéis, alguns tiros.
nos olhos... lágrimas.

um poéta. e depois dele, só.
só palavras mais soltas
palavras libertas

de um coração que cicatriza,
que falta que sente

da poesia e música, daquele poéta... às vezes proféta.

que tudo transforma.
e hoje à sua casa retorna.

não volta. não sente. não fala. não mente.

nem triste, nem feliz.
ele foi um poéta que meu, fiz.

e hoje, sou nem triste, nem feliz.
só me sinto, de poéta, uma quase aprendiz.

Um comentário:

Wagner Trindade disse...

Show esse poema :)

Mto bom msm... consegui imaginar mmmttttasss coisas nele.
bjuzz