hoje me alimento da minha poesia.
ela também me esvazia,
mas não me [im]põe um ponto final
23 de fev. de 2011
até mais.
e a falta que faz, o buraco que deixa, o vazio que fica,
ninguém vai mensurar.
e a alegria que trouxe, do toque, do ombro, do anjo amigo,
ninguém vai me tirar.
e a lembrança que eu tenho, a risada gostosa, o exemplo de luta,
ninguém vai apagar.
e os corações, que dilacerados, que ficam...
torço, espero e peço pro tempo vim confortar.
15 de fev. de 2011
nêgo.
então, eu consigo lembrar do tom agudo da tua risada, do teu humor negro,
da tua cara engraçada, quando denuncia a embriaguês.
e dos teus cílios curvos, de fazer inveja a qualquer mulher mortal.
do teu copo de cerveja sempre quente, e do espetinho que é sempre pra viagem.
lembro das tuas sacadas geniais, da tua mão pequena,
e das nossas panças enormes, depois de kilos de sushi.
lembro da torta da sua mãe, da freada 'xim xã xum', que eu insisto em repetir.
lembro de escrever, e de você ser o primeiro que eu procurava pra a ler.
lembro das erratas lá no zapata, que hoje... até nos faz rir.
lembro que a intimidade é uma merda, mas e daí?! cê vai ligar?
lembro de contar minhas histórias, de ouvir as tuas, e de me orgulhar!
Nego filho da Mãe, lembro de pensar. e de uma Mãe maravilhosa, eu tenho que ressaltar.
lembro da saudade que eu sentí, dos sushis de quinta, de te encontrar sexta sim... outras não.
lembro do frinético, que tava lá quando eu precisei.
lembro.
lembro e agora eu sei, seu anjo é forte. teu santo, também não é de barro.
sei que precisas ser forte. sei que, essa é uma lição que você vai sentar e contar.
eu tenho essa certeza, Nego.
só quero te ver forte, saindo dessa... e transformando todo esse susto que nos deu, em mais uma história linda,
que com as suas palavras quero te ver contar.
fatrícia
e, numa altura grande o suficiente pra me fazer ofegar
um quase medo, que... pela companhia agradável, me sinto segura.
no deleite do conforto, o improvável me faz poesia aos ouvidos.
numa noite que vira madrugada, nas risadas mais altas, e nos sotaques que eu mais gosto, à direita um, à esquerda outra.
nos defeitos que me apaixonei,
pelo lado bom que enxerguei... recompensa.
à direita a pouco, à esquerda a muito.
[mas sempre, há muito.]
nasce, solidifica, sem maiores explicações,
aquela ade dos cúmplices,
e, aquela sensação gostosa,
de que o novo e o velho,
se tornam presentes,
no literal ou não da palavra.
amanheceu, e eu não ví.
e ter passado e presente,
ali, me cuidando do jeito que sabem...
que gosto e que podem, me dão a certeza,
de que o futuro é meu desenho e poesia.
e os quero sempre,
a do passado, e o do presente,
de longe, ou pra sempre.
me fazendo companhia.
4 de fev. de 2011
à riscar.
meu corpo é fechado.
meu santo não é de barro.
eu sou vaso ruim, já caí não quebrei.
já rí na cara do perigo, meu destino desafiei.
7 vidas? perdi as contas! ultrapassei.
já caí, me machuquei.
mas como aquela lenda,
nas cinzas me fiz, e dela eu voltei.
eu vivo do arrisco,
me alimento de poesia, certezas e petisco.
meu dedo na figa, vive cruzado.
hoje eu tô sozinha.
pro teu bem, nem vem pro meu lado.
hoje, eu não respondo por mim.
hoje eu acordei assim,
de ovo virado.
e pra bom entendedor,
acho que o recado tá dado.
2 de fev. de 2011
ponto do fim
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