13 de dez. de 2010

mimcomigo



exagerada desde a maternidade, sagitariana desde que nascí, teimosa desde que me lembro... marketeira aspirante. santos de pai, atademos de mãe, obrigada! hoje, sou SEM de casa, são paulina de time, paulistana de nascença, jundiaiense de coração. 'jéssika' na certidão, 'jé' dentro de casa, 'braço' no volante, 'jazz' no boteco, 'jéssiquinha' nos amigos... pensamento rápido que dói, e tão lento que irrita. mau humor nos primeiros 15 minutos do dia, matraca nas próximas horas. dia, pela noite. doce com salgado, quente com gelado. amigos em uma mão e alguns remendos no coração. dos vícios, a rima, o pior. um príncipe no passo direito, um agradecimento e uma lembrança espinhuda na costela, um infinito por trás. um humor negro, uma piada sem graça. pequenas coisas, grandes atitudes. me irritam os meios-termos e as mornices. meu copo é americano, e tá sempre meio cheio (de cerveja). passo dado, suspiro fundo, passado deixado. e um futuro, filho da puta pela frente. assim que eu quero... assim, espero.

16 de out. de 2010

wake up call:


'a vida é mesmo frágil.'

25 de set. de 2010

pout-porri



'e eu fico aqui, sem caber de imaginar.'
pego pedaços, pego migalhas,
tento juntar.

nem que eu pegasse,
o melhor trecho
dos melhores poetas,

'poetas pra quê?'

nem que eu recortasse
as melhores notas,
das nossas melhores músicas...

nem...

'nem pude evitar, tirou meu ar.'
quedê meu chão?

e nessa nossa 'selva,
de concreto'
temos o meu suspiro,
o seu sorriso,
e a nossa vontade.

'menino bonito',
me 'traz o alívio'
da nossa verdade.

12 de set. de 2010

d[o]eu.


A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não.

caio fernando abreu.


eaí, você se vê parado num tempo já distante.
vê sua imagem como foto descartada, desgastada...
vê que teclou tanto, errou tanto, tentou tanto...
está exausto.
mas, o que você faz pra mudar tudo isso?
basta um sorriso torto, para que você alcance suas tintas,
e mais uma vez entrelace nos dedos a esperança sem cor,
que ela não cansa de plantar em você.

ou é você que não cansa de regá-la?

coisa certa;
você não precisa mais disso.

você não deu a ela a certeza que precisava,
ponto.
não sonhe com as vírgulas e reticencias, que ela pra sempre vai insistir em borrifar no seu ar.
você pode. consegue.
basta que jogue em si, esse balde de água fria,
basta que se seque, que se de conta...
que abra os olhos...
já passou da hora, meu jovem.

o mundo não parou, e você... por causa dela,
já se atrasou

8 de set. de 2010

dozéro.


então, antes que se dessem conta...
estavam envolvidos por uma terça-feira atípica,
um por-do-sol que não viram,
dois cigarros sem fogo,
e uma vontade enorme de fazer dar certo,
de recomeçar.

e assim,
de cliches repetidos,
mil vezes evitados,
os quatro braços torcidos,
hoje estão, entrelaçados.

4 de ago. de 2010

hide and seek.


é no frio da minha mente estagnada, que passo.
sem meu presente, na minha cegueira decorada, não vejo futuro.

e cem tivos, faltam-me os motivos, quando assim a esmo, não falta mais nada.
e, de um não querer, sem saber, encaixar

fecho os olhos pra ver;
- saída não há.

me encontro, perdido.
sem meus porques,
cem razões,
escondido.

4 de jul. de 2010

ex-nós.


e
sem
espaço,
sufoco.
num
direto

não
mais
linear.
nas
linhas
tortas
dos
destinos
que,
amém,

não
se
cruzam
mais.

e,
sem
espaço
pro
teu
abraço,
sorrio,
suspiro,
desfaço...
um
laço
não
nosso.
um
laço
que
cego,

meu,
diz
que
fiz.

mas,
amém,
hoje...
nos
desfiz.

27 de mai. de 2010

epifan ía.


e nos angulos retos, a respiração que,
de dentro pra flora...
à flora.

que resgata do ontem,
o porquê mais assim,
assado.

que me traz lá do fim,
que me apaga o passado.

que me deu isso assim,
formado.

e que me conhecer,
a sensação que eu não sabia...
que me fez mergulhar,
lago escuro...
eu não conhecia.

e no cristal que me abrem os olhos fechados,
não penso, só digo...
com o lábio colado...

é plena, é cheia,
a bio, la vitta...

são quatro, são cinco...
por favor...
'REPITA!'

17 de mai. de 2010

que irá.



deixa ser como vier.
e que venha com o que tiver.
e que tenha muito.

deixa ser como tiver.
que seja como vier...
e que venha, muito.

deixa ser como quiser,
deixa vir, ser o que tiver...
e que me queira, muito.

28 de abr. de 2010

inspira.

"Depois de ter você
Poetas para quê?
Os deuses, as dúvidas
Pra que amendoeiras pelas ruas?
Pra que servem as ruas?
Depois de ter você..."

Marisa Monte - Depois de Ter Você


.



mesmo torto, mal visto, nem visto.
poetas, deuses e dúvidas pra quê?
se, desse jeito torto, mal visto, nem dito...

e mesmo sem entendê,

é teu, meu pensamento...

pega e cuida.

leva com você!

21 de abr. de 2010

ad infinitum


pé por pé, andando na direção oposta a qualquer fator, que me lembrasse você...
um noventa graus me traz a visão, me tira o disfarce,
me dá agulhadas de satisfação.


deixo de lado a hipocrisia,
e de uma vez por todas as outras todas...

admito;

o prazer de receber a consciência,

a confirmação,
que o fator determinante do não acontecer de uma história,
acaba de determinar o não acontecer de outra.


e o ciclo vicioso de um mundo repetitivo acaba de me acenar,

com o sádico sorriso, ele me diz:

- ei, eu existo.

13 de abr. de 2010

sub.estima ex.pulsa



ah, desce!

me poupa, me erra.


só você não vê,
que eu já me acertei.
não acaba com o pouco respeito,
que eu ainda conservei.

ah, sai!

não fode, não ferra.

você tá fazendo tudo errado,

só não diga que eu não avisei.

7 de abr. de 2010

supremo.



e o poder,
aquele poder...
que não se concede a ninguém.

o poder, do suspiro,
do sorriso e do arrepio.

o poder do toque que tira,
que põe, onde ele bem entender.

o poder de fazer, desfazer,
de jogar janela à fora, qualquer tentativa...
de esquecer.

o poder de, depois de tempos reaparecer, sem muito escolher...
e tornar qualquer momento, certo.

o poder da palavra. de arrancar sorrisos,
de me pegar pela mão... e me fazer viajar.
seja de longe... seja de perto.

hoje não sei mais o que é certo,
mas só por hoje... meu peito,
antes fechado...
deixei entreaberto.

6 de abr. de 2010

quem.te.luz?


nós? tal qual gía.
no anoitecer de mais um dia...
teu sol não esquentou,
a luz (hoje fria), daminha mente...

toque de nuvem,
vem... me tirar do chão.

ao alcance de um dedo,
tua imagem que divido,
volta a embaçar minha visão.

hoje a saudade esfria,
a luz quente da lembrança.
(e aperta meu coração.)






28 de mar. de 2010

tem.pô!


passa tempo,
já me cansei dos teus passos lentos.

traz pra perto, traz o inverno,
pra que naquele calor, quem sabe eu possa me esquentar.

só faça-o rápido,
pois a saudade do que eu não tive...
não sei se eu vou aguentar.

11 de mar. de 2010

de ombros.


mas aí,
eu deixo que digam,
que pensem...
até que falem.

eu tô deixando tudo pra lá...
porque, na verdade,
o que é que tem?

eu não tô fazendo, é nada...
nem devo nada pra ninguém.

só me permito ser feliz,
assim consigo ir além.

10 de mar. de 2010

pique.encontro




eu só quero me perder,
quero que você me encontre.

eu só quero me perder,
me perder ao me encontrar,
em você.

eu só quero que você me encontre.

eu só quero te dizer,
te pedir, te perdoar...
nas tuas, deslizar...
nos teus, adormecer.

eu só quero que você me encontre.

eu não quero procurar,
não quero esperar, desesperar.

eu quero me perder,
quando nos teus braços, eu me encontrar.

25 de fev. de 2010

pára.e.brisa


bordas borradas,
luzes que giram um vermelho sangue, que não escorre.
pupílas que confusas, dilatam tudo aquilo que ele nunca quis ver.
ao fundo, o ensurdecedor silêncio.

as sirenes de urgências internas.

só ele as ouve.
e, no relar das palpebras...
é sugado.

no pescoço, a pressão da realidade quase o impede de levantar a cabeça, ver.
mas vái. só vái.

o ar que falta, volta.

o ar que prendia, agora solta.
ouvido entende.

as mãos nortedas, agora sabem o que querem tocar.

as hastes dos teus olhos, levam consigo tudo o que lhe cegava.
espelho.

e, noutro relar das pálpebras...

tudo volta, fica, é, está normal.

sirenes, luzes, cores.
sua urgência.

resgatado à tempo, por ele,
o tempo.

6 de jan. de 2010

sem crise, ia.


e na finda hipo crise que, ia de polpa no vento,

no cruzear dos certos erros, atos falhos, passados no verde de um pasto esquecido...

me pego sorrindo.


e já dando dos ombros para qualquer crise, lixando as unhas matriarcáis do 'não ligar'...

me pego sorrindo.


e entre as tantas polpas sadias, vadias...

entre o rubor das janelas (da alma) na noite, adentro.


entre as verdades que nem tantas, que nem uma, capazes fomos de aguentar.

entre o terno, o fraterno, o eterno de um laço que tudo tem, menos sangue...


é no respeito, no fogo que me deito de face em meu leito.

é finda e finada, a crise que ia, aberto o olho...

fingia que não via.


estufo o peito, e sugo o ar rarefeito, comemoro de peito aberto.

hoje sem divisões.

hoje, todo mundo é certo.