28 de abr. de 2014

Urgência



A verdade é que minha urgência não é específica...
É pacífica e pertence à mim
à essa minha ânsia de viver até a última gota de tudo,
por ter medo...
muito medo, de qualquer fim!

27 de abr. de 2014

Cafuné



Desses catados e achados, que hoje reviraram meu estômago e lençol, aos poucos, me desfaço.
Nesses carinhos desaforados, no teu sorriso de canto, me refaço.
No samba de pele, que me faz com a ponta dos dedos... Me perco. 
E me acho.

21 de out. de 2013

Você Passa, Num Vejo Graça


Aconteceu, que eu tentei te amar. Mesmo depois do fim... E do fim do fim. E do deslize... E daquela bebedeira. E daquela última vez, escondidos. Tentei, com todas as forças, te amar. Tentei, sabe? Sofrer pra sempre. Viver o luto do "Nunca mais vou amar ninguém." Chorar com as músicas. Tentei até odiar aquela música, que sempre foi a minha... Mas depois de estampar, a sua pele-de-cara-de-pau, ela é muito sua também. 
Tentei te amar pra sempre... Sem muito pensar, tentei aceitar que eu te amava. Não te tinha. E te amava. E sofria. Com toda aquela urgência de você, que sempre te levava mais pra longe. Te amava com exagero. Comigo, desmazelo. Com o copo, sempre cheio. Com a mão, com os pés... Com os meus cabelos. 
Te amava, porque te amar era mais fácil, mesmo que muito difícil. Tentei amar teu conjunto de olhosbocacabelonarizsobrancelha, quando eu não lembrava mais... Como é que eram, todos juntos. Eu não sabia... Mas, eu já te esquecia. Tentei te amar, até minha última gotinha... Porque maior que meu medo de te perder, de perder o mais belo e exagerado sentimento que eu já havia construído por alguém, era meu medo de recomeçar. De seguir em frente. De apagar tudo, virar a página... E escrever, de novo, aquela história que... Nunca vou saber o final. 
Aconteceu: Te amei. Me esforcei. Tentei... Esgotei. Falhei. 
Aconteceu... Que mesmo regando esse amor doído, com a minha água de sal... Eu acordei na vida, e pasme! Eu estava viva. Ninguém morreu por tentar... 
Aconteceu, que era amor... E hoje não é mais. Te tenho como uma lembrança do que não ser, e não procurar. 
Aconteceu, que você passou... Como um sopro ou um arrepio ruim, você passou. 
Não plantou sorrisos, nem nostalgias. Apenas, passou. 
Aconteceu, que eu te amei. Te perdi pra vida. Me encontrei... 
Aconteceu, que eu tentei. Te amar e ser amada... Mas dessa vez, agradeço aos céus... Porque na tentativa do sofrimento eterno... Falhei. 

27 de ago. de 2013

É tarde.






E aquela companhia muda. Com frio na barriga. O pouso milimétrico das mãos, garantem que... Um esbarrão sequer, e o toque acontece. E a risada solta. As roupas amassadas, pela cumplicidade do que são: Verdade. E o sono de caras amassadas... O travesseiro, que mesmo não pertencendo... Já emoldura um rosto já cativo. Os fios daquele cabelo, que fazem apenas um intercâmbio. Dela, pra ele. E os olhos que se procuram... Se encontram e se evitam. E se ela perceber? E se ela perceber, que eu a conheço como as duas palmas das minhas mãos? E se ela souber... Que a cada suspiro, eu sei exatamente o que ela quer. Se ele descobre, que torço pro filme não agradar... Pra ele, aos poucos, adormecer... Ah se ele soubesse, o quanto é gostoso ouvir aquela respiração funda, de um sono despretensioso. Se ele descobre, que toda cicatriz, todo detalhe, todo risco... Cada centímetrozinho do seu corpo, eu já xeroquei com os meus olhos... Pra guardar. E que, por mais silenciosa que seja essa tarde... Ela grita, que eu vou ser sua... E ele vai pra sempre me amar.
Se eles soubessem, que prazo de validade, pra tudo existe...
"Ah eu parava o relógio, pra não levantar."
"Eu te abraçava mais forte... Presse tempo não passar."
Ah... Se a gente soubesse.

12 de ago. de 2013

Tanto




Na minha humilde opinião, esse clarão nada mais é, senão EXCESSO. 
Excesso de peso. De vida. De saco. De gente. De sentimentos, pedras e sapos a engolir. 
Esse clarão na mente, que me tira dos dedos as palavras tão soltas... Nada mais é, senão a vontade de foco. Quando tudo acontece, em todos os sentidos, falta-me foco pra de fato... Sentir. 
Esse clarão, que me engasga pra dentro... Essa asma que não me deixa expirar, o que nem sei se sinto. Nem minto: O clarão de dentro, escurece aqui fora. 
Sobra tanto aqui dentro... Que não sei nem pôr pra fora.

23 de jul. de 2013

Flô Rir


Aí... Foi num dia frio. O dia mais frio que me lembro. Foi nesse dia mesmo! Quando me dei conta, aquela árvore que tive tanta dificuldade pra cultivar... Havia secado. Todas aquelas flores e frutos que não vi nascer... Já não passava de um simples aroma aos meus... Ouvidos. E por que não?! Sem me dar conta, fui deixando... Folha por folha... Cair no solo já seco. Virando folha por folha... E aquela árvore, cultivada com água de sal... Hoje é seca. E foi nesse mesmo dia frio... Quando me dei conta: Que jardim é florido! Conto rosas, e margaridas! Prestei contas... E quando me restam, os fins... Replantei. Deles, fiz começos. Neles, encontrei meus meios... De flo-rir (e porque não?), nos dias frios. 





créditos da imagem: poeme-se

14 de mar. de 2013

Não Pensar Nem Penar

Inicar. Bloco de notas. Reticências. X.
E assim. Foi. Assim, que é. Recheado de pontos e vírgulas. Mas falta. Conteúdo.
Me falta coragem, pra juntar as palavras, e formar aquilo que... Juro que não sinto.
E minto.
Assim, assado, virado, rimado... Continuo. Passo e aperto o passo, de uma rotina, que me faz passar.
Quanto menos pensar, menos penar. Assim, vai que... Um dia quem sabe, sem muito alarde... Sem muito ligar, sem nem me importar...
Passa.

29 de ago. de 2012

Escolhido

Mas aí, eu tenho escolhas. Sou grande. Sou moça. Sou crescida. O choro dramático, pra tomar injeção... É um puro destempero de uma moça que cresceu, sem nem perceber. Aquela ânsia está passando, e eu sei... Que dá sim, pra viver sem você. Eu não nasci quadrada, e já fiz isso umas vezes... Não que seja feliz. Não que seja bom. Não que seja fácil. Mas aí, eu tenho escolhas. Sou grande, moça crescida! Aí, que eu, escolho levar pra casa todo o pacote. Esse mesmo, que me dá dor na lombar de carregar. Esse pacote que vem com as minhas próprias gargalhada e choros... Meu sono incontrolável, meu suspiro idiota e minha noite em claro. Esse pacote. Mix da minha ansiedade, do meu choro descontrolado, das minhas unhas roídas... Com as borboletas no meu estômago e os solavancos do meu coração. Eu escolho tudo isso. Escolho continuar amando você, com cada defeitinho. Com cada palavrinha. Com cada preocupaçãozinha. Com cada errinho... Que, assumo: Só te trouxe pra mais perto. Escolho ir com você. Escolho domar essa urgência de você... Só pra ter o direito (meu coração grita: E O DEVER), de escolher você. Poderia sim, viver sem você. Mas não. Escolho que não.

29 de mai. de 2012

Aí Vem Meu Sol

Eu descobri. Que com você, eu sou assim. Meu riso é tão feliz contigo, que eu estufo o peito... Pra ser brega, parafrasear os Tribalistas e dizer: Meu melhor amigo, é o meu amor. Esse sentimento, que eu aprendi a domar. E vivo dizendo isso por aí... Aos 16 ventos. E só você, que me conhece de orelha à dedinho... Sabe e tem certeza, que não. Eu descobri, que eu faço planos, projetos, à curto, médio e longo prazo... Mas porque é com você. Descobri que, segurança... É muito mais que colocar o cinto. Muito mais que andar do lado de dentro da calçada, ou colocar as duas mãos no volante... Quando todo o meu instinto, quer te segurar. Eu descobri, que sou uma criança mesmo... E gosto de sê-la, quando olho pro lado esquerdo... E lá está você, (com as duas mãos no volante), sorrindo com os olhos. E, ainda assim... Descobri que posso ser crescida. Menina grande! Que errou até acertar, até errar de novo. Mas que, aos trancos, anda aprendendo com isso. Notei que eu não faço a mínima idéia, de como você tem paciência comigo. Ás vezes, até eu me sufoco! Mas... Hoje consigo enxergar o lado, que observa: Se você ainda tá por aqui, isso deve valer. E vale. Vale muito! Percebi que o egoísmo de te querer só pra mim, não me levou pra lugar nenhum. Eu não sei onde, por que, como ou quando foi... Mas sei que te ganhei. Te sinto cada vez mais comigo... E a cada, tchau num Domingo qualquer, te vejo sumir numa porta de vidro com a certeza: Dessa vez, eu tô acertando. Dessa vez, juntos, estamos caminhando. E por mais louco e impossível (e até um pouco mentiroso) que possa parecer, eu tô respeitando o tempo. Você me faz tão bem, que eu também quero fazer isso por você. Com você. E pra você. Com todos os abraços e beijinhos, que eu vou sempre roubar... Com a saudade que você vai sempre negar. Com as fotos... Com as histórias, que pouco a pouco... Eu vou te contar. Te afirmo, com uma certeza que nunca tive antes: Posso viver sem você. Mas a minha vida, anda tão colorida... Seria um assassinato à arte, pintá-la de preto & branco, outra vez. Se eu vim, e trouxe o Sol... Você veio, com uma pelheta ENORME de cores, e rabiscou tudo aquilo que eu tinha dado por encerrado, certo ou errado. E pela primeira vez, como está, repito: Tá tudo bem.

12 de abr. de 2012

Deu a Louca na Maria


Essa mania, quase que um vício, de sorrir e acenar, pros sapos que as vidas e vidos me enfiam guela à à à (é, com eco assim!) baixo, vira e mexe dá errado. Vira e mexe, me dá um tilte. Já disse um ou outro por aí, que essa mania, quase que um vício, de ter uma boa memória, é sim... Uma prática nada saudável. Essa mania, de descarregar todas as culpas, culpados e consciências pesadas, pra riba dos meus ombros... Uma hora e outra também, esgota. Não me faz bem! Lata dágua na cabeça! Lá vai a dona Maria, roer azunhas... Pensar. Repensar. Trepensar. Penar! Ei que menina criativa! Ei que mulher enjoativa. Ei que falação nesse quarto... Onde estou, pra variar sozinha. E de cabo a rabo do meu mundo, que nada mais é, do que essas quatro paredes, que me apertam... Nada mais me resta. Assim, vencida pelo cansaço que me dei, me dou conta que, UFA! Já nasceu um novo dia. Levanta e se sacode! Hoje é dia... Lá vai, Maria!

1 de abr. de 2012

Abril, primeiro.


E eu odeio. Odeio! Com todas as forças que eu juro que tento fazer... Eu odeio. Odeio o fato de saber que não é só meu, aquele que adora mostrar pra todo mundo, o quanto eu sou guarda-baixa, e tua. Odeio as voltas que a minha cabeça dá, as inseguranças que eu criei. Odeio sua respiração funda. Seu suor excessivo. Seu desmazelo-lo. Odeio ser a única a lembrar de detalhes, odeio suas esquivas, odeio seus rodeios. Odeio me roer de saudade, odeio o meu exagero. Odeio sua boca, que tá sempre longe... E o fato de você estar sempre certo. Odeio ver você sumir numa porta de vidro, e o aperto que me dá as tardes de Domingo. Odeio não saber o que você sente, muito menos te desvendar. Odeio admitir... Mas antes de gostar de você: É gostoso te amar.

20 de mar. de 2012

Depois


Bato no peito, e digo que vivo do agora, do pra já... Mentira. Mentira, senhores!
Eu me apego, nos Depois, que a vida me impõe, e é assim. É assim que vai ser.
Traço os meus planos na minha linha do tempo, onde o começo, já é o futuro...
Nem tão distante assim, mas futuro.
A verdade, é que eu me estabaco de medo. Tenho medo desse branco que me dá, quando tá tudo bem...
O branco desse bloco, que é preenxido pelas palavras que nem sempre fazem sentido.
A verdade mesmo, é que eu morro de medo.
Abracei essa nossa causa. Por mim, e por você.
Como os naturalistas abraçam árvores grandes, antes do desmatamento.
A verdade, é que eu estou abraçada à essa nossa situação sem decisão, porquê na verdade...
Eu morro de medo.
Você me pega pela mão, e me leva tão pro alto, que agora tenho medo de altura.
Você me olha nos olhos, me enche com essa luz própria de astro rei, que agora tenho medo do escuro.
A verdade, é que eu sou cansada... E me congela o estômago, pensar em me cansar mais.
A verdade, é que eu não sei se aguento...
Ficar nessa, ou passar dessa.
A verdade, é que eu sinto cheiro de um futuro bom.
Mas, na verdade, eu não sei.
Não sei sair dessa zona de segurança, que eu mesmo criei, quando na verdade, eu não sei.
Me acostumei, quando o mais fácil era mandar tudo às tampas...
Fico aqui, paralisada, tentando achar um final, pra esse texto que confesso: Não lembro por que comecei.
Talvez eu procure um final feliz...
Mas na verdade mesmo, disso eu ainda não sei.

16 de mar. de 2012

Menima Mimada


É tudo, queridão uma questão de audição. Eu digo sim, você escuta sim. Eu quero pra agora. Dá pra ser?
Se não for assim... Vou lá, cato minhas coisas... E vou-me embora.
Bicuda. Chutando tudo. E ái da sombra, se ficar no meu caminho.
É tudo, queridão... Uma questão de sim ou não. Cabe a mim decidir, se você fica, ou não.
Uma questão de opinião. Eu dou a minha, e você acata... Sem precisar de empurrão.
É tudo, uma questão de previsão... Fui criada no dendê. Mais lisa que sabão. Preciso explicar porquê?!
E ái, de você... Queridão! Se me deixar de molho, eu derreto... Sumo, me espatifo.
Então, é uma questão de previsão.
Pode demorar, ou vai saber, quem sabe? Eu não...
Mas o fim é certo.
Já lhe adianto, em primeira mão.

Ei. Que sonho bobo... Não?!

22 de fev. de 2012

laço I


Meu lado. Já é meu lado... Nega, pra você ver.
Te bufo na cara, o ar de reprovação. Até você me tirar um sorrisinho de canto... Ah, gurizinho! Ná ná não! Já é meu lado.
Vai lá, pro seu esquerdo... Porque eu, tortinha assim, quero o meu direito.
Vai lá, pro seu dever... Que é, como um lego, se encaixar todo, no meu... Que nada mais espera, a não ser esse encaixe perfeito.
Então, vem cá. Pé com pé, joelhos, quadris, braço por baixo, meu por cima. Seu queixo na nuca. Ui. Não respira assim... Nariz no ouvido. E com pequenas balançadinhas, a gente vai se acalmando... Se encaixando.
Mas, tá calor. Mexe. Remexe. A essa altura, o lençol já tá desarrumado, você já pegou no sono... E eu ainda não encontrei a posição perfeita. Perna (curta) por cima, braço jogado. Meu deus, como é que você me aguenta? Meu deus, como é que consegue dormir comigo?
Eu que tento explorar todas as suas superfícies... Pra achar a melhor. Você tá respirando perto demais. Chega a esquentar a minha testa. Mas... É um quentinho gostoso.
Quê? Que barulho é esse?! Já estava na hora... Sabia que faltava alguma coisa... Esse ruído, que não sei se sái do nariz ou boca, ou dos dois... (estrategicamente direcionados ao meu ouvido)
Suspiro. Agora sim! Com esse ruído, que se fosse de qualquer outra pessoa, seria insuportável, quando seu, é canção de ninar. Que, pela repetição, me embala... Nesse nó, que só nós dois; Eu acordada, e você dormindo, sabemos dar. Esse nó, que ninguém entende, nem precisa entender. Esse nó gostoso... Que vem pra desfazer qualquer outro.
Esse nó, que fiz de laço. Porque eu repito: Nó aperta. Mas esse nosso laço... Enfeita!

2 de jan. de 2012

quem, eu?



Onde é que eu estou? Esse quarto sala, não me é familiar. Acordo tropeçando nos criados, quinas, sapatos. Meus sapatos! Procuro um feixe de luz, tic, tac! Um relógio... Um retrato. Meu retrato. Sinto algumas roupas no chão, e sinceramente não pensaria em vestí-las... Muito menos apanhá-las. Mas apanhei. Escolhi uma ou outra, que me deixe socialmente aceitável... 180°. Um espelho. Meu reflexo! Aos poucos, vou voltando pro meu corpo... Uma olhadinha rapida, minha cama, meus travesseiros, meus lençóis obviamente embolados... Parece comigo? Sou eu. Tudo meu. Eu. Que tanto me acostumei com outra, que procurava o que queria ser... Hoje, acordo, me olho... Respiro um ar quase frio, de uma manhã de quase começo:
Há quanto tempo eu sou essa daí? Há quanto tempo, vivo com os meus pés no chão, mas mesmo assim uso as minhas asas pra voar? Há quanto tempo, a minha prioridade sou eu, e não toda aquela lista com mil pessoas e coisas, que nem sempre mereciam estar lá? Há quanto tempo, minha voz tem sido mais baixa, minha risada (um pouco) menos escandalosa, e meus horários (quase) regrados? Há quanto tempo... As minhas certezas, começos, meios e fins, duram mais que a luz do dia?
Sem muito mérito, sem muita firula... Sem promessas pro (quem sabe) Happy New Year, em meus compactos um metro e um pouco mais que meio, hoje eu sei. A maturidade, aqui tardou... Mas não falhou. Chegou sem muito alarde.
Cansou-me somar pessoas, e perder o controle com tantos significantes, signos e significados... E ainda assim, não significar nada pra ninguém.
Hoje eu quero dividir. Minha equação, vai potencializar os números já existentes... Por mim, pra mim, e comigo.
Hoje, eu sou menina que se não aguenta... Vai sim beber leite. Que se sente sono, vai deitar e dormir. Que se não gostou, vai fazer cara feia... Hoje sou aquela, que começa a se apertar nesse corpo que às vezes não me cabe...
Hoje, sou menina que queria tanto voltar pros lençóis óbviamente embolados... Mas, pela primeira vez, não... Quase que sem titubear, Não volta.
Hoje, eu deixei a minha menina na cama, com os lençóis geladinhos e obviamente embolados, sonhando...
Hoje, eu carreguei comigo a mulher. Ainda não a conheço bem... Sei que ela não gosta de arrumar a cama...
Arrumar a cama? Ah... Aí, são outros quinhentos. Certo?

26 de dez. de 2011

luz.


Inda lembro, como se fosse agora. Dos caminhos tortos, dos pontos e das luzes quentes... Daquela gota d'água, escorrendo parabrisa à fora.
Inda lembro do silêncio macio; Cafuné aos ouvidos. Nada precisava ser, e nem era dito. Pleno. Simples. Assim.
Inda lembro daquele caminho, estou à fazê-lo agora... Minuto a minuto... Estrada do Sonho, à fora.

12 de out. de 2011

Pout Pourri De Mim


Branco. Eu que, por falta da piração que tanto inspira... Repito: Branco. Eu, que sempre tive a palavra cativa nas pontas dos meus dedos, re-e-pito: Branco. Vazio. Depois da enxurrada de pensamentos, confusões e sentimentos, jogadas aos quadrados que um após outro, formam aquilo que no fim, nem eu entendo... A calmaria entediante da eminência do acontecer. Viver na linha tênue e quase-embriagada do quase-acontecer algo-que-não-sei-o-que-é, deixa no corpo, o gosto da espera-do-milagre-que-nunca-aconteceu. E de novo, branco. Pelos cantos, sem piros, suspiros a fora. Hoje, vai ter gosto de hoje, e só por hoje. E os dias que se arrastam parecem-me uma eternidade, quando digo que são dias de saudade. D'uma alma, que vive nos meios, procura começos, detesta os fins. Eu vou. Tô indo pra onde minha brisa me levar. Sinta-se a vontade pra me acompanhar. E, nos fragmentos, monto e re-descubro a história que o passado não-distante, insiste em não cobrir. A história, que instante atrás... Agora, não sei mais. Branco. Vazio. Pleno. Completa a mente, com a mesmisse de me descobrir desconhecida de mim. E, num pout pourri quase sem fim... Com os embaralhos das palavras posudas assim, termino o que eu chamo de Uma História sem Fim.

17 de set. de 2011

olá, como vai, tudo bem?


Satisfação. Prazer depois. Meu nome, é aquele que você mais gostar de chamar... Contanto que não seja aquele. Ou esse. Bom, me chame assim. não precisa abrir a boca, ou emitir algum som... Me chame com seus olhos. Olhe nos meus, veja a ressaca, enfrente-a. Me chame assim. Me espere do lado esquerdo, eu sou do direito... Apesar de ser do contra. Meus passos são rápidos, pé por pé, e eu já tou lá na frente... Pura ilusão. Dessa ótica, pareço não ligar. Mas ligo. Sempre ligo. Não suporto a repetição do ocupado. Você deve estar desocupado, quando eu solicitar. Eu me desocupo. Sempre. Satisfação. Eu crio grilos. Enormes pragas. Satisfação! Eu, no abismo da minha criatividade, consigo criar histórias, começos, meios e principalmente fins, pros teus 15 minutos de atraso. Eu me atraso. Estou sempre correndo. Assim, talvez quem sabe, não dê tempo pras análises profundas, desse mundo profano. Prefiro assim. Vivo às beiras dessa linha tênue, que é a embriaguez; Hora satisfeita, meia hora não. Mas, satisfação! Hoje está me conhecendo... Então, quando terminar, me apresente à mim mesma. Eu sou sempre a mesma, apesar de saber-me inconstante. Vivo das histórias que eu conto, do olhar cômico lançado à minha eterna vida depravada. Privada. Vivo de me desviciar de falar, de pensar, de falar sem pensar... E de pensar demais pra falar. Morro de sono. Começo, e termino depois. Nunca. Jogo. Muito! O silêncio é raridade. Às vezes falo tanto, que demora pra cabeça acompanhar. Aí me canso... Chegou a hora! Agora, vou querer escutar, e é sempre muito bom, que você tenha muito pra falar. Mas no fundo, é tudo uma simplicidade tediosa... Que me faz sempre, querer pintar meus olhos com o preto de um rímel ruim. Emoldurar, assim... As janelas de uma alma, que procura começos, vive nos meios... Mas, confessa detestar os fins.

13 de set. de 2011

crê e ser.


Mas toda aquela ânsia passa... Aquela afobação de dar nó em gargantas, braços e pernas? Tudo isso vira passado. Superação? Talvez sim... Talvez não. Às vezes sinto falta, do estômago leve, do riso fácil e cativo, das palavras soltas... Da utopia. Às vezes! Hoje, o mundo é como ele é. Por mais que tenha chovido aqui (dentro), por mais que a água tenha lavado as cores vibrantes e cítricas, com que colori os meus dias... O meu hoje, vai ter cara de HOJE... E, só por hoje. Eu podei as minhas asas... Não me interessa mais voar. Me interressam pés no chão, olhar pra frente, mãos firmes, caminhar. Não me interessam os porquês, talvez, ou quem sabes... Me interessam as minhas certezas, os meus princípios, as minhas verdades. O que passou, eu deixo lá. Se não encontro os motivos, eu não ligo! Um dia, a vida me dá... O que é velho, já é passado. O que murchou, do meu jardim, é arrancado. É tempo do novo. É tempo de novo. É tempo bom, e esse sim, precisa e vai ser cultivado.

10 de set. de 2011

coragem, covarde!


Pouco. É tudo, queridão... Uma questão de opinião. Antes meu pouco, do que meu nada. Antes só agora, do que nunca mais. O que eu aprendi? Não sou mais programável. Um sorriso de gesso, não vai pra minha galeria. Eu vou, onde a minha brisa me levar. Fique a vontade, se quiser me acompanhar. Eu sei BEM o que eu quero, pra onde eu quero me levar... Se você vai ou não comigo, EU quem vou analisar. Se entrar, tira o sapato. Não quero risco, pra não ter que te arranhar. Na lembrança, levo quem merece estar comigo... Se tem medo do perigo, nem adianta... Que aqui, não vai mais entrar.

8 de set. de 2011

eu minha.


Chegou o tempo. O tempo, que o caminho não mais me importa... E eu vou continuar repetindo: Eu só quero caminhar. Chegou o tempo! Já era tempo... Hoje, consigo me olhar no espelho e VER, sentir e saber quem eu sou. Consigo tatear um passado distante (ou não), e ter a certeza do que eu não quero ser. O tempo, que o que me importa sou eu. O que eu quero, onde eu quero, pra onde eu quero, com quem eu quero, porque eu quero. Me importa querer. O meu. Se ele for seu também?! Maravilha! É o nosso. Caso não... Paciência. O meu passado, o meu futuro?! Com perdão, não te interessam. Me dizem respeito... E se não TE respeitam, com perdão, de novo. Por mim, pra mim, comigo! Me, mim... Depois, o 'Contigo'. Encho o peito e não nego, que assim... Voltada pra dentro, a solidão é extinta e a casa, é sempre cheia. Meu copo, eu mesma esvazio. Mas se eu pisco, ele já tá cheio... E a hora, que era meia... Hoje, virou inteira. Chegou o tempo. Meu tempo! Já era, tempo!

30 de ago. de 2011

in evitável


Aí, ele se importa. Esquenta o chá, sempre 32 segundos... Porque sabe que ela vai perceber os 2 segundos faltantes... Ele vai ao mercado, escolhe só produtos de limpeza que agradem o alfato aguçado dela. Escolhe os filmes que sabe, tem certeza que ela vai gostar... E fica sempre na tensão, prestando a máxima atenção, pra saber se acertou.
Ele, acorda antes, abre as janelas, pra entrar o arzinho da manhã... Que ela sempre vai gostar. Ele, que não esquece da farmácia, tem sempre um gelo à mão... Porque ela vai insistir em se machucar.
Ele, que não precisa acordar as 5... Mas coloca o despertador às 4:59... Só pra ter certeza, que ela não vai perder a hora, mais uma vez. Ele que, nos fins de semana, faz planos, almoços, jantares, cafés, Tentando sempre... Sempre acertar.
Ela. Que reclama que o chá está sem açúcar. Não liga pros cheiros novos... Não presta mais atenção nos filmes... Reclama da claridade, pela manhã. Às vezes, finge que está dormindo, pra não ter que conversar... Ela, que quer o seu espaço. Ele, que contruiria até um castelo, pra ela ficar. Ela, que alheia... Não viu que o tempo passou. Ele, sentiu na pele. Se cansou.
E ela, um dia acordou...
Quando ele, da vida dela, se mudou.

29 de ago. de 2011

Ele




Ele, que um dia, numa tarde como essa... Sentou comigo, encheu meu copo... E me contou a vida toda. Me beijou a mão, e lá... Juramos amizade. Nunca deixaríamos as peripécias e erratas, acabar com aquela sintonia. Sintonia, senhores... Não tem preço. Ele, que compartilhou comigo, o que sentia. Ria do que eu dizia, das manchas de shoyo na minha camiseta sempre branca... 'Eu venho de camiseta preta, toda quinta! Sei que a gente vai acabar no sushi mesmo.' Ele. Da mão pequena. Da risada tão escandalosa. Ele! Que ouvia o que eu ouvia... Que me mandava o que escrevia. Que aparecia, lá no Erimar. 'Ah, senta aqui comigo, Nego...' Me lembro de falar. Ele... Que não era santo. Que errou, que amou, que cantou, que tocou... Que deixou saudade. Uma saudade doída. Uma vontade de falar de você. De contar pro mundo, que eu te conheci. De contar pro mundo, das manias que eu não só eu, sei de cor. De contar, das pessoas que você conquistou. Das histórias que você me contou. Do perfume, que você nunca mudou. Do tênis, que você nunca sujou... Da chapada, no feriado. No colchão de ar, que você inflou, e não dormiu... Da soneca no banco, á beira do rio, que você tirou... Hoje eu acordei querendo gritar pro mundo! Ler de novo os textos, que você me mandou... Os comentários, que aqui, pra sempre, você gravou... Hoje eu quero contar pro mundo! Houve um tempo, que esse Nego... Me coração roubou. Mas de tudo... De tudo... O que ficou, é o agradecimento: Esse Nego, da minha vida participou, luta e superação, ele ensinou. A minha pele, marcou. E uma saudade INFINITA... O Frino deixou.


15 de ago. de 2011

E eu digo:


E quando tudo caminhava, lenta e perfeitamente,
E quando, eu que pensava ter visto o fim da guerra,
Fim à mente, tenho paz.
E, quando todas as setas me indicavam e impunham a direção contrária,
Com mil cavalos à pau,
Meia volta, corro pra ver!

E quando o inverno,
Já tinha quase congelado,
O quente de uma história infinda,
Me vem, reencontro sublime!
Quando todos os padrões vêm por terra,
Armas abaixo, me liberto de entender.

Sento-me para assistir o nascer desse Sol,
Que hoje sei: nunca vai terminar.

Eu como Oriente, você Ocidente.
O Sol está sempre nascendo pra um de nós dois.
E com as certezas que nunca tive,
Estufo meu peito e te digo:
Tô contigo, e não abro.
Se o Sol, por um acaso, se pôr aí...
Eu corro e te aviso!
Te empresto o meu nascer do Sol, se for preciso.

E nesse embalo que ninguém entende,
Não ligo e te digo, meu antes de tudo, Amigo;
It's All Right!

13 de jun. de 2011

volta ar.


Meu olhar no horizonte inverso da estrada, reflexe e vê:
o brilho das minhas brasas, se multiplica no chão.
Meu pensamento em você,
ainda tenta entender, pra qual dos rumos as coisas vão.
Além da história, dos anos que já perdi de vista...,
o suíngue é novo, me faço de equilibrista
nas cordas do picadeiro, no feixe de luz da minha vida.
Por mais que o passado ainda per e pindure,
é cada vez mais distante, não consigo enxergar.
Deu lugar prum presente, prum ritmo novo...
Pode vir, pode entrar...
Vem pra roda comigo, te faço girar!
Vem pra roda, amigo,
pro nosso ritmo novo...
Vem, e me leva...
mas, deixa assim, como tá.

17 de mai. de 2011

flor alada


Me pegou pela mão, e me cuidou d'alma.
Abriu os seus ouvidos, escutou minhas loucuras,
Me alugou seu ombro... Me pediu paciência, calma.

Me confortou, quando me desesperei... Me pôs fogo, quando eu congelei...
Enxugou as lágrimas que eu derramei... E estava lá, todas as vezes que eu precisei.
És a mais bela flor alada, que um dia encontrei.

Por isso, colhí com tanto carinho...
E naquele meu jardim, plantei.

16 de mai. de 2011

flor, cevada e parceria.


E numa sintonia, que eu repito não ter preço,
olho à minha volta, trago do meu copo um sorriso,
E em silêncio, eu agradeço.

À minha vida, meu eterno Caxangá...
Que sempre tira, põe... Dessa vez me trouxe alguém,
E deixou, enfim... Ficar.

Trouxe cor, cevada e melodia.
Trouxe um verde flor,
Trouxe parceria.

Amizade como essa, me encho de orgulho,
e digo pra quem for:
Não é fácil encontrar.

Portanto, pra agradecer e dedicar...
Por meio destes eu venho ressaltar:
Tô contigo e não abro!

E do jardim dessa amizade,
Eu prometo que vou cuidar.

11 de mai. de 2011

360


no fundo a voz repete,
no eco, a ordem da fuga
o toque de recolher.

na cabeça as voltam que dão,
nos embalos e badalos
do não querer, não saber, encarar...
e mesmo que eu tente,
que eu procure...

que vasculhe nas arestas e lacunas,
sem saber porquê, sem final... mente achar.

não consigo sentir, não consigo entender.
essas voltas, que o meu mundo não cansa de dar.

19 de abr. de 2011

Ad eternum


As coisas continuam no lugar que você deixou,
A falta que você faz, ninguém nunca mensurou.

Ainda falta aquele pedaço, do meu coração...
Que contigo, Amigo, você carregou.

Sessenta dias, parecem-me uma eternidade...
Se eu disser, que são sessenta dias de saudade.

6 de abr. de 2011

passageira


Vícios circulares, nessa hipocrisia que você chama de viver. Demagogia, que dá asco... Nessa sinceridade que, acredita... Ninguém vê.
Vidas circulares, circulam, rodeiam, passam por você. Umas param, não demoram...
Vão embora, e você diz que é sem porquê.
De qualquer forma, é assim... É o teu vício, tua virtude, tua razão, o teu prazer.
Se pintar, se produzir, atuar... Pra seduzir. Mas, cara minha, não demora...
A máscara cai na sua hora, seja em dia, mês, ano, ou agora!
E teus vícios circulares, continuam fazendo as pessoas passarem por você.
Não demoram, não ficam, não param... Não te levam... E no raso , a razão é você.

25 de mar. de 2011

certeza


eaí, num bip contínuo que me embaralham nos olhos,
abro, e juntando te com ám, o sorriso me faz nascer.

depois de tantas palavras jogadas,
soltas, e atiradas pela nossa embriaguez,

na manhã dos flashes escuros
me pesa a cabeça, clareia o pensamento.

me convence de que por fim...
chegou, bonito... a nossa vez, até que enfim, vai acontecer.

17 de mar. de 2011

veio porque?

E então, por pura coincidência... Ou por criar vergonha na cara mesmo, as coisas ficam claras. Quando eu comecei a enxergar as coisas de forma muito mais prática.
É? É. Não é? Pô, não é, caralho.
Pra quê ficar batendo na porra da mesma tecla, sabendo que vai sofrer depois? Aí, nego vem me chamar de fria... Coração de pedra... Vem encher os meus pacovás, dizendo que se eu superei tão fácil, é porque não era tão importante assim.
Ah, pá puta que pariu. Eu só não me permito mais, baby. Eu tava numas, de acreditar na pureza do ser humano... Até que me provassem o contrário. E pasmem! Sabe o que aconteceu?! Provaram mesmo. Inúmeras vezes, várias pessoas diferentes. Aí, já é burrice né?
"Mas então, Macaca... Cê tá dizendo o que?! Que você é a última Sapiens pura do Universo?"
Não. Aí, meu jovem... Que entra o segundo fator. Quem nunca foi um grande filhodaputa, que atire a primeira garrafa de cerveja. Não importa o motivo, se era isso que você já tava articulando pra rebater... Fácil culpar a situação, né Bonitão?
Por desilusão amorosa, por insegurança, por vício, por falta de estrutura famíliar, por que teu cachorro morreu quando você tinha 5, por esporte, ou por que tá no sangue mesmo (o que não é tão incomum, viu? e isso não serve só pros homens, Ok?)... Não importa. Você já foi filhodaputa uma vez... Nem que seja no Pré I, quando chamou de 'Espantalho', aquela lá que tinha o cabelo engraçado... E, não é que a guria era apaixonadinha no cê?!
Seguindo então, por essa linha de 'às claras', seja isso um problema ou não, eu passei a não ligar. Ah, quer jogar?! Vamo lá, por que eu aprendí a gostar do esporte, também. Por sua conta em risco. Eu, que preguei por muito tempo, o tal do 'permita-se'... Hoje bato no peito e grito: PERMITO PORRA NENHUMA! Pra entrar aqui, meu bem, quero ver esforço. Quero ver que vale a pena. Se me enrolar, meu jovem... Eu vô perceber. Aí, quem vai perder? É. Só você.
Eu vô ganhar, menos um problemão pra resolver.
Quer brincar? Vamo brincar. Quer falar sério. Vamo falar. Venha, por que, apesar da braveza momentânea, eu juro que não mordo. (Tá, não juro.) Mas, antes de vir, queridão... Tenha CERTEZA do porque tá vindo. Não vem querer sapatear de chuteira suja, no meu piso de madeira. Você não entra no meu espaço imaginário, se não tiver JÁ com uma idéia, BEM fixa na sua cabeça: Por que você tá indo?
Ninguém aqui é mais criança. Apesar, de uns preferirem e/ou estarem acostumados com aquelas pobres moças, que independente da idade, sempre vão ter a mentalidade inferior... Eu me garanto, vá... Menininha, rapaz... Eu não sou mais.

E essa mulher aqui, pode PERFEITAMENTE assumir os arriscos e petiscos das próprias escolhas... E isso, pode ser (e na maioria das vezes é) muito divertido. Cada um, com a sua conta em risco.
Vem. Mas vem de cara limpa. Mostra pra quê veio. Isso não é problema algum, nem vai fazer MUITA diferença. 'Eu vim, e fico só uma noite.' 'Eu, por uma semana...' 'Eu, só de fds...' 'Eu vim... Mas vou pra outras também...' 'Eu, gosto de você.' 'Eu vou gostar de você.' 'Eu me divirto com você, mas é só isso.' 'Eu vim pra tentar.' 'Eu vim pra aproveitar.' 'Eu vim pra te testar...' 'Eu vim pelo esporte da conquista.' São frases tão curtas... Que poupariam nós 'dois' de tanta chateação. Não quer dizer também, que qualquer um que venha... Será assim, 'pápum' admitido... Mas, sendo sincero assim, de qualquer dessas formas, faz com que você esteja à passos luz (tá, eu sei que não existe isso) na frente. Nem que seja pra virar meu brother.
Não diga que vai voltar, porque eu, sinceramente não vou te esperar.
Não me prometa, se não pretende cumprir... Porque agora, eu provavelmente vou sacar. E é só UMA vez.
Não subestime a minha inteligência, porque aí eu viro fera... Eu viro bicho... Vou achar seu ponto fraco, pegar na sua ferida, de propósito, pra magoar. (Ficou com medo? Riu? Despertei alguma reação?)
Me faça rir. Seja sincero. Seja educado. Fale direito. Pode até ser sarcástico às vezes, isso é afrodisíaco. Doses certas de cafajestice e carinho, tomadas nas horas certas... Também não fazem mal a ninguém!
O jogo vira, rapaz. O meu virou. Esgotei. Os outros não têm culpa, eu sei... Mas eu cansei de perder tempo...
Sendo assim, percebí que se tivesse essa peneira na minha vida, há pelo menos 7 ou 8 anos atrás... Tinha me poupado tanta lágrima aborrecente derramada, muita lamentação por nada ou por muito pouco... Tinha poupado o ouvido dos meus amigos (santos, são os meus amigos)...
Essa peneira, já em prática, aos poucos vai selecionando pra mim, só aquelas pessoas que valem a pena...
Sejam lá quais forem os motivos por valerem tanto a pena, o PRINCIPAL deles sempre será: DISSE POR QUE VEIO.
Falaí, SINCERAMENTE... É tão difícil assim?! Por que, né... Tá parecendo.

9 de mar. de 2011

céu em festa.


e, numa aquarela com 360 cores e graus,
naquela brisa de dia amanhecido, que ainda não fez a noite dormir
um anjo, lá de cima me olha e sabe:
é dele meu pensamento.

e, nessa aquarela, nessa brisa de dia amanhecido,
as lembranças me pegam pela mão, entrelaçam os dedos nos meus...

é hoje.
o anjo, que lá de cima me olha, protege e sabe, hoje completa mais uma primavera.
hoje os anjos festejam ao teu lado,
a sua curta, porém INESQUECÍVEL, passagem por esse nosso mundo.

hoje o dia que amanheceria em festa aqui,
vai trazer nessa aquarela amanhecida, de dia que acordou...
a cor da falta que você nos faz.

e, nessa aquarela amanhecida...
é teu meu pensamento.
é tua a minha saudade.
é vazio o meu abraço...

mas transborda o meu coração.
aqui.
assim.

e você? aí de cima, me pinta dias e céus cada vez mais lindos...
pra eu ter, cada vez mais a certeza:
você sabe...
e como sabe.

parabéns!


07/03/2011

1 de mar. de 2011

o "pra sempre" de verdade.


Demorou muito, e ainda acho que não será suficiente. Quero gritar os sentimentos, mas não consigo. As palavras, mais uma vez, sumiram dos meus dedos. Com uma intensidade milhões de vezes maior, que das outras vezes...
Vazio.
Saudade é bicho feio. Vazio é bicho ruim. Contra eles, tenho algumas armas... Sendo assim, aos poucos espero conseguir vencê-los... Se não, trazê-los pro lado do bem. Tenho comigo as Lembranças, aquele Carinho, aquela Parceria e a Cumplicidade...
Chega aquele sentimentozinho que corrói por dentro, que faz com que a gente não queira acreditar. Chega, e instala dentro de nós, aquela sensação de 'viagem longa'...
Pois é.
Fácil, não é. Mas eu não tinha a dimensão do quanto é difícil. Eu consigo sorrir, e lembrar das coisas boas... Mas, não posso mentir nem esconder a minha indignação. Impossível, não questionar (pelo menos um pouco) a vontade Divina, que nos tirou alguém tão... Tão... Tão.
Alguém que é TANTO, que me faltam as palavras para descrevê-lo. Eu acredito e me apego na certeza de que não é 'Adeus'... Assim, talvez fique mais fácil...
Me apego, nas risadas. Nos momentos. Me apego. Agradecer, é pouco... Por ter na minha vida, alguém tão... Tão. Por poder chamá-lo de "meu amigo".
Eu olho em volta, e aparentemente nada mudou. Tudo está no seu devido lugar. Depois de olhar, VEJO que, aos meus olhos, a imagem que projetamos desse mundo, perdeu um pouco (lê-se "muito") do brilho & contraste.
As músicas agora, me fazem sempre um sentido diferente. A palavra "saudade" vai sempre te trazer um pouco mais perto... Os olhos, não derrubam mais lágrimas tão facilmente... Algumas coisas, pessoas e situações ficaram pequenas e insignificantes, perto do teu signo, significante e significado.
Te deixo vivo aqui. Te guardo vivo aqui. Aqui dentro. Aqui! Nas letras, nas músicas, nas histórias, nas risadas. Pra sempre.
Eu sei que agora, estás bem... O que pra mim, também é conforto. Eu espero que fiquemos bem também. Com um pedacinho do peito a menos... Com uma saudade eterna, tatuada por dentro... Mas sempre praticando a alegria que você espalhava, lembrando e sorrindo, para que NÓS e PRINCIPALMENTE VOCÊ, não esqueçamos do quanto foi válido. Curto, mas MUITO válido.
Obrigada. Sempre. Saudade, muita.

23 de fev. de 2011

até mais.


e a falta que faz, o buraco que deixa, o vazio que fica,
ninguém vai mensurar.

e a alegria que trouxe, do toque, do ombro, do anjo amigo,
ninguém vai me tirar.

e a lembrança que eu tenho, a risada gostosa, o exemplo de luta,
ninguém vai apagar.

e os corações, que dilacerados, que ficam...
torço, espero e peço pro tempo vim confortar.

15 de fev. de 2011

nêgo.


então, eu consigo lembrar do tom agudo da tua risada, do teu humor negro,
da tua cara engraçada, quando denuncia a embriaguês.
e dos teus cílios curvos, de fazer inveja a qualquer mulher mortal.

do teu copo de cerveja sempre quente, e do espetinho que é sempre pra viagem.
lembro das tuas sacadas geniais, da tua mão pequena,
e das nossas panças enormes, depois de kilos de sushi.

lembro da torta da sua mãe, da freada 'xim xã xum', que eu insisto em repetir.
lembro de escrever, e de você ser o primeiro que eu procurava pra a ler.
lembro das erratas lá no zapata, que hoje... até nos faz rir.

lembro que a intimidade é uma merda, mas e daí?! cê vai ligar?
lembro de contar minhas histórias, de ouvir as tuas, e de me orgulhar!
Nego filho da Mãe, lembro de pensar. e de uma Mãe maravilhosa, eu tenho que ressaltar.

lembro da saudade que eu sentí, dos sushis de quinta, de te encontrar sexta sim... outras não.
lembro do frinético, que tava lá quando eu precisei.
lembro.

lembro e agora eu sei, seu anjo é forte. teu santo, também não é de barro.
sei que precisas ser forte. sei que, essa é uma lição que você vai sentar e contar.
eu tenho essa certeza, Nego.

só quero te ver forte, saindo dessa... e transformando todo esse susto que nos deu, em mais uma história linda,
que com as suas palavras quero te ver contar.

fatrícia


e, numa altura grande o suficiente pra me fazer ofegar
um quase medo, que... pela companhia agradável, me sinto segura.

no deleite do conforto, o improvável me faz poesia aos ouvidos.
numa noite que vira madrugada, nas risadas mais altas, e nos sotaques que eu mais gosto, à direita um, à esquerda outra.

nos defeitos que me apaixonei,
pelo lado bom que enxerguei... recompensa.
à direita a pouco, à esquerda a muito.
[mas sempre, há muito.]

nasce, solidifica, sem maiores explicações,
aquela ade dos cúmplices,

e, aquela sensação gostosa,
de que o novo e o velho,
se tornam presentes,
no literal ou não da palavra.

amanheceu, e eu não ví.
e ter passado e presente,
ali, me cuidando do jeito que sabem...
que gosto e que podem, me dão a certeza,
de que o futuro é meu desenho e poesia.

e os quero sempre,
a do passado, e o do presente,
de longe, ou pra sempre.
me fazendo companhia.

4 de fev. de 2011

à riscar.


meu corpo é fechado.
meu santo não é de barro.

eu sou vaso ruim, já caí não quebrei.
já rí na cara do perigo, meu destino desafiei.
7 vidas? perdi as contas! ultrapassei.

já caí, me machuquei.
mas como aquela lenda,
nas cinzas me fiz, e dela eu voltei.

eu vivo do arrisco,
me alimento de poesia, certezas e petisco.


meu dedo na figa, vive cruzado.
hoje eu tô sozinha.
pro teu bem, nem vem pro meu lado.

hoje, eu não respondo por mim.
hoje eu acordei assim,
de ovo virado.
e pra bom entendedor,
acho que o recado tá dado.

2 de fev. de 2011

ponto do fim


e, assim sublime
hoje me alimento da minha poesia

ela também me esvazia,
mas não me [im]põe um ponto final

19 de jan. de 2011

cãmenãme?


a saudade vai doer
as histórias vão ficar,
o cacto vai crescer,

e vocês, provavelmente, não vão cortar.

xulím, rainha resistência, o teto vai até furar,
de quinta tem chorinho, na quarta erimar,
mas na terça... uma breja lá no edgar!

a voz do bitóca? não vô vê engrossar,
o felipe... com a tigela da tia ed, pra sempre vai ficar.
mas e ela, dona nega...
a aluaaaaar?

dela, senhores pocreditá... não tem nem o que falar.

ela é meio bossa, meio samba,
chegou, e que bom que veio pra ficá.

eu só posso agradecer, e dar a certeza de que fui, mas vou voltar.
que seja pra dormir, na pedra do leão,
ou babar naquele sofá.

pira, tá?


o meu navio, eu já aportei,
meus piratas, meus marujos,
homens ao mar!
já os fiz descer.

agora, marinheiro...

é com você.
não precisa de muito,
é só fazer
por merecer.

17 de jan. de 2011

sisterhood.


depois de muitos invernos,
donde eu nunca imaginei,

numa roda cheia de
lembranças e mágoas,
com garrafas vazias,

alheia na melodia,
à esquerda eu encontrei.

um espelho diferente,
ela sabe de tudo,
dos acertos, dos meus erros,

me ajudou a ir em frente.

e eu estufo o peito pra dizer,
7 anos é muita coisa,
você viu muita coisa acontecer.

não teve distância,
não teve erro meu, nem erro seu,
capaz de fazer a nossa amizade diminuir,
ou desaparecer.

eu estufo o peito pra dizer,
amiga como você,
eu conto numa mão...
e ainda me sobram quatro dedos,
que eu uso pra te proteger.

13 de jan. de 2011

nada é


e por fim, não mais que de um repente,
afunda.
lento, aos poucos.

se não fosse tão atento,
se não fosse importante,
talvez nem perceberia.

e quando menos se espera,
o batido chão firme,
vira uma areia movediça,
que engole aos poucos,
a certeza que nunca existiu.

até quando?

até sufocar,
não suportar,
e até que aquela outra mão,
apareça pra salvar.

11 de jan. de 2011

bem, obrigada.


e numa estética disforme,
mais um clichê declarado e aberto.

silêncio.
as palavras cativas, das pontas dos dedos,
dão lugar a um vazio completo,
um branco sereno,
um toque repleto.

é pleno [rimado],
mesmo que ao fim do dia,
continue sendo, claramente, incerto.

5 de jan. de 2011

decepa ção


pois bem! coloco de novo nas mãos as decisões que não me cabem.
transporto toda a energia, que acumulo no ócio de uma mente a mil por hora.

entupo os pensamentos com mudanças que a mim nem me respeito, dizem.
e dos barulhos donde vêm o meu silêncio, é cessada a respiração.
e, num esforço mínimo, mais uma vez... finjo.

tento. mas não consigo me centrar.
já se foi toda a vontade, a companhia, a loucura, mas também a sanidade.

eu esqueço da minha vida, abro aquela caixa, que nada mais me diz.
e, jogando palavras na sem pauta que é a minha vida, encaro [de banda] a realidade.

me encosto, me aproximo do que não gosto, que critíco.

senhoras e senhores:
pois bem, e mais uma vez, surge naquela, nadéla, amiga.

a hipo, que finda, ía.
a hipo, que finda, na crise ía.

é crise, e não foi.

ei, você! já tá na hora.
é hora cheia,
que vem vazia.




29/09/2010